Ouça este conteúdo
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fará um discurso no próximo domingo (22) na Flórida em defesa do aborto no país, por ocasião do 50º aniversário da decisão da Suprema Corte que o legalizou e que foi derrubada pelo mesmo tribunal em junho do ano passado.
Funcionárias de alto escalão do governo dos EUA indicaram que Harris fará um discurso em Tallahassee, capital da Flórida, para destacar "a luta contínua do governo centrada no combate pelos direitos reprodutivos em nível federal".
O governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, anunciou que imporá restrições ao acesso à pílula abortiva. No início deste mês, a Food and Drug Administration (FDA, agência federal americana que regula alimentos e medicamentos) atualizou as regras sobre as pílulas abortivas de mifepristona para permitir que seja vendida em redes de farmácias.
As novas diretrizes estabelecem que as farmácias podem oferecer o medicamento se for prescrito por um médico e atenderem a certos requisitos, ao contrário do que acontecia até agora, quando apenas médicos e clínicas credenciadas poderiam disponibilizá-lo.
No entanto, na quarta-feira (19), a Agência de Administração de Atenção Médica da Flórida (AHCA) enviou um lembrete apontando que as pílulas abortivas continuam proibidas por lei nas farmácias e que violações podem gerar "sanções criminais".
As funcionárias da Casa Branca anteciparam que Harris defenderá em seu discurso uma legislação nacional para "proteger os direitos reprodutivos" e "fazer um contraste entre a abordagem extrema dos republicanos da saúde reprodutiva e a do governo Biden-Harris".
Além disso, anteciparam que a vice-presidente destacará que os direitos reprodutivos são uma "questão de liberdade" e instará os americanos a se juntarem à" luta do governo federal para protegê-los".
Com essas ações, o governo do presidente Joe Biden lembra nesta semana o 50º aniversário no domingo da decisão da Suprema Corte "Roe v. Wade", por meio da qual o aborto foi legalizado em 1973, e que foi revogada em junho do ano passado pelo mesmo tribunal, que atualmente tem uma maioria conservadora.
Nesse dia, Biden emitirá uma declaração e uma proclamação sobre a salvaguarda dos direitos reprodutivos.
