O ex-líder sérvio Radovan Karadzic se apresenta diante do juiz do tribunal de crimes de guerra da ONU pela primeira vez na quinta-feira, para responder a acusações de genocídio após a dramática captura que deu fim aos 11 anos em que esteve foragido.

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O homem que liderou a República da Sérvia durante a guerra da Bósnia enfrenta duas acusações de genocídio pelo cerco a Sarajevo, que durou 43 dias, e pelo massacre de 8 mil muçulmanos em Srebrenica, em 1995 - a pior atrocidade acontecida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Ele se apresenta à corte às 11h de quinta-feira, depois de passar a primeira noite numa cela do centro de detenção do tribunal de crimes de guerra da ONU, em Haia.

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Desde que foi preso, em Belgrado, ele cortou a barba e os cabelos longos que o disfarçaram durante os anos em que fingiu ser um médico alternativo. Ele voou para a Holanda na manhã de quarta-feira.

O comportamento de Karadzic - uma figura exagerada quando esteve no poder - vai indicar se repetirá a forma violenta como o ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic se portou na mesma corte.

Assim como Milosevic, que morreu sob custódia em 2006, meses antes do veredicto, Karadidzic sugeriu que espera defender a si mesmo, decisão que pode prolongar o julgamento.

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