Uma nova pesquisa de opinião mostra que a congressista de centro-direita Keiko Fujimori, de 35 anos, ampliou sua liderança nas intenções de voto do segundo turno da eleição presidencial do Peru, marcado para 5 de junho. Porém, os especialistas em pesquisas alertam que muita coisa pode acontecer nas próximas duas semanas e que uma vitória sobre o nacionalista de esquerda Ollanta Humala, de 48 anos, está longe de ser certa.
Os dois candidatos continuam com suas campanhas e analistas políticos dizem que um evento importante para a disputa será o debate marcado para o dia 29. Uma vitória de Keiko Fujimori nas eleições asseguraria que as políticas pró-mercado do país permaneceriam mais ou menos inalteradas. Já uma vitória de Humala, que promete "transformar" o Peru, levaria a mudanças com o objetivo de concentrar mais poder nas mãos do Estado.
O levantamento divulgado hoje pela empresa CPI mostra que Keiko tem 53,7% das intenções de voto e Humala possui 46,3%. No primeiro turno da eleição presidencial, em abril, Humala liderou mas o apoio a Keiko subiu e recentemente ela superou o opositor. "Esta pesquisa mostra que o empate estatístico foi rompido e que Keiko está na frente", disse o chefe de pesquisas da CPI, Manuel Saavedra, à rádio RPP. Ele lembrou porém que as coisas podem mudar, já que há "duas semanas intensas até o pleito".
Uma pesquisa divulgada pela Ipsos Apoyo na noite de ontem mostrou Keiko com 43% das intenções de voto, contra 39% de Humala. Os demais eleitores estavam indecisos ou pretendiam votar em branco. O voto é obrigatório no Peru. A Ipsos Apoyo também fez uma votação simulada e, contando apenas os votos válidos, Keiko obteve 51,4% de apoio, contra 48,6% de Humala. "O que vemos nesta semana é que a disputa está muito apertada, mas favorável a Keiko", afirmou o diretor de pesquisas da Ipsos Apoyo, Alfredo Torres, em entrevista levada ao ar hoje.
Uma pesquisa feita pela Datum divulgada na noite de ontem mostrou Keiko com 45,0% de apoio, ante 40,8% de Humala. O pesquisador Fernando Tuesta, da unidade de opinião pública da Universidade Católica do Peru, disse em entrevista que as preferências não devem mudar muito até 5 de junho. "Neste ponto, não vamos convencer muitas pessoas com a divulgação de um ou outro novo plano", afirmou.
Analistas políticos lembram que Humala está trabalhando para ampliar seu já forte apoio entre grupos de baixa renda ao se associar a intelectuais, profissionais e artistas. "O problema é que, sem querer, isso projetou uma imagem elitista. Keiko Fujimori evitou aparecer como a candidata do establishment e se cercou de pessoas ligadas ao esporte e ao show business", escreveu o analista político Martin Tanaka em sua coluna no jornal La Republica. Ele acrescentou que Humala tem lutado para conquistar um grande número de eleitores da classe média.
Humala é um ex-oficial militar que concorreu à presidência do país em 2006. Keiko é filha do ex-presidente Alberto Fujimori, que governou o Peru entre 1990 e 2000, e atualmente está preso devido a crimes cometidos durante sua administração. Ela concluiu um MBA na Universidade de Columbia, em Nova York.
Explosões em Brasília reforçam tensão política e devem intensificar reação do STF
O que se sabe sobre o homem que explodiu bombas e morreu na frente do STF
Moraes atribui explosões em Brasília ao “gabinete do ódio” e compara com 8/1; acompanhe o Sem Rodeios
Time montado por Trump é o pesadelo de Alexandre de Moraes
Deixe sua opinião