O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deverá chegar ainda neste domingo em Genebra, na Suíça, para participar de negociações nucleares com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, aprofundar as críticas à diplomacia, afirmando que era “surpreendente” que as negociações estivessem em andamento sobre o que seria um acordo “perigoso”.
Os comentários de Netanyahu são os mais recentes nas crescentes tensões entre seu governo e os EUA sobre as negociações nucleares iranianas. As declarações foram feitas antes das eleições israelenses, previstas para serem realizadas em março, e da visita do primeiro-ministro israelense a Washington para falar no Congresso americano a pedido de líderes republicanos.
Os funcionários dos EUA e do Irã têm realizado reuniões na Suíça desde sexta-feira para tentar chegar a um consenso para pelo menos delinear um acordo nuclear final até o fim de março. O prazo final auto-imposto para um acordo abrangente é 30 de junho. O acordo poderá determinar sanções internacionais rígidas sobre a economia do Irã, com o objetivo de garantir que o país não possa acumular rapidamente material suficiente para uma arma nuclear.
“Há ainda lacunas significativas. Há ainda uma distância a percorrer”, afirmou Kerry em Londres, ontem, durante entrevista coletiva com o secretário de Relações Exteriores britânico Philip Hammond. Kerry afirmou que a equipe dos Estados Unidos e de outras grandes potências negociadoras com o Irã apresentou “ideias criativas” para preencher as lacunas. “Agora vamos descobrir se o Irã está disposto, ou não,” a demonstrar que o seu programa nuclear é “totalmente pacífico”, ressaltou o secretário.
O Irã negocia com os EUA, França, Alemanha, Rússia, China e Reino Unido sobre seu programa nuclear.
Durante uma reunião de Gabinete semanal, Netanyahu citou o relatório mais recente da Agência de Energia Atômica da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o programa nuclear do Irã, que levantou uma série de novas questões sobre o trabalho nuclear passado do país. O Irã diz que o programa nuclear é - e sempre foi - apenas para fins pacíficos.
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