O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, culpou o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, por inviabilizar as negociações de paz na Síria e pressionou a Rússia a interromper o fornecimento de armas, dizendo a Moscou que isso deve fazer parte da solução.

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O mediador internacional Lakhdar Brahimi disse no sábado, em Genebra, que as duas primeiras rodadas de negociações de paz não conseguiram grande progresso, mas que os dois lados concordaram sobre uma agenda para uma terceira rodada em data não especificada.

"O regime bloqueou. Eles não fizeram nada exceto continuar a lançar bombas em barris sobre sua própria população e continuar a destruir seu próprio país. Eu lamento dizer que eles fazem isso com cada vez mais apoio do Irã, Hezbollah e Rússia", disse Kerry a repórteres em Jacarta nesta segunda-feira (17), durante uma turnê pela Ásia e Oriente Médio.

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Kerry parece tentar intensificar a pressão diplomática sobre Assad e conseguir um entendimento político que possa dar fim aos ataques do governo contra áreas controladas por rebeldes e encontrar soluções para a situação de dezenas de milhares de sírio isolados do alcance da ajuda humanitária.

Ele falou antes de embarcar para os Emirados Árabes Unidos, que apoia os rebeldes.

Utilizando uma dura linguagem, pouco usual, Kerry disse: "A Rússia precisa ser parte da solução e não contribuir com tantas armas a mais e tanto suporte a mais, que faz com que na prática possibilitem a Assad aumentar suas apostas, o que está criando um enorme problema."

Ele afirmou que Assad ainda tenta vencer a guerra civil na Síria pela via militar, em vez de tentar encontrar uma solução por meio de negociações de paz.

"Está bem claro que Bashar al-Assad continuar a tentar vencer no campo de batalha em vez da mesa de negociações."

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