O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou haver "lacunas muito significativas" nas negociações nucleares com o Irã. Kerry chegou neste domingo à capital austríaca para participar de reuniões sobre o tema.

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A uma semana do prazo de 20 de julho para concluir um acordo nuclear final, Kerry se reúne com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e da França para tentar dar um novo ímpeto para as negociações, que têm progredido lentamente nas últimas semanas. O ministro do Exterior britânico, William Hague também é esperado para o encontro. Kerry e os outros ministros devem se reunir mais tarde com o ministro do Exterior iraniano Javad Zarif.

"Obviamente, nós temos ainda algumas lacunas muito significativas. Precisamos ver se poderemos alcançar algum progresso e eu espero que tenhamos uma série de diálogos e reuniões importantes hoje", Kerry disse a repórteres assim que chegou a Viena. "(A discussão) é vital para se ter certeza de que o Irã não vai desenvolver uma arma nuclear, que o seu programa é pacífico."

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O chanceler francês, Laurent Fabius, disse que alguns dos ministros também vão discutir o conflito em Gaza, atendendo a um pedido seu de cooperação mútua para se chegar a acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. "Há muitas vítimas em Gaza, bombas estão sendo atiradas em Israel, nesta escalada de violência absolutamente desastrosa. A França exige o retorno do cessar-fogo de 2012", disse Fabius.

No entanto, o foco das discussões permanecerá sobre as negociações nucleares com o Irã. Se não houver progresso nos próximos dias, Washington disse que pode não seguir mais com a linha diplomática, um movimento que poderia aumentar as tensões em torno do programa nuclear do país persa.

O Irã vem tratando de seu programa nuclear com os EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha. Os ministros das Relações Exteriores russo e chinês não puderam participar das conversas neste domingo. O objetivo das negociações é gradualmente as potências levantarem sanções em troca de Teerã apresentar garantias claras de que não produzirá armas nucleares.

Um oficial sênior dos EUA disse, sábado, em Viena, que qualquer acordo final desenhado precisaria assegurar que as futuras atividades nucleares do Irã sejam muito limitadas. "Por algum tempo, eles vão ter que ter um programa muito limitado, que terá inspeções, verificação, monitoramento e uma série de restrições sobre o que eles podem fazer", disse o oficial.

Já as autoridades iranianas vêm pressionando por um acordo que limite as atividades do país por apenas alguns anos. No início da semana, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o país vai precisar de um programa de enriquecimento de urânio significativamente maior, sem contudo precisar quando. Fonte: Dow Jones Newswires.

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