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Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry | M.A.PUSHPA KUMARA/EFE
Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry| Foto: M.A.PUSHPA KUMARA/EFE

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, inicia neste domingo sua primeira viagem oficial à Espanha, durante a qual se reunirá com o rei Felipe VI e o presidente do Governo, Mariano Rajoy, e assinará o convênio que transforma Morón de la Frontera (Sevilha) em uma base permanente americana para intervenções no norte de África.

Trata-se da primeira visita à Espanha de Kerry desde que substituiu Hillary Clinton como chefe da diplomacia americana em fevereiro de 2013.

O primeiro ato da agenda de Kerry na Espanha será de tarde uma reunião com o ministro das Relações Exteriores e de Cooperação, José Manuel García-Margallo, seguida de um jantar oficial, embora somente na terça-feira devam dar entrevista coletiva conjunta no Palácio de Santa Cruz.

O rei receberá na segunda-feira no Palácio da Zarzuela às 11h o chefe da diplomacia americana, que posteriormente se reunirá com Rajoy no Palácio da Moncloa.

A visita de Kerry a Madri acontece em um momento em que a Espanha faz parte do Conselho de Segurança da ONU como membro não permanente, por isso que em seus encontros serão abordados vários assuntos da agenda internacional.

Assim, García-Margallo e Kerry assinarão o convênio entre Espanha e EUA que permitirá transformar Morón de la Frontera em base permanente - atualmente temporária - das forças americanas na Europa para intervenções no norte da África.

Segundo esse Protocolo de Emenda ao convênio bilateral de Defesa estipulado entre Madri e Washington, os EUA poderão ter um desdobramento máximo de 2.200 militares e 500 civis com caráter permanente na base de Morón, assim como 26 aeronaves.

Espera-se que Kerry aborde com as autoridades espanholas o Tratado de Livre-Comércio e Investimentos (TTIP) entre UE e EUA, que está sendo negociado há dois anos, a situação de instabilidade e violência na Líbia, a estagnação do processo de paz no Oriente Médio, os significativos avanços do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, a luta contra o jihadismo e a instabilidade no Sahel.

Eles falarão também da atual conjuntura na América Latina, especialmente a relação com Cuba, além do histórico anúncio para o restabelecimento das relações realizado em dezembro do ano passado pelos presidentes dos EUA, Barack Obama, e de Cuba, Raúl Castro.

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