Para Kerry, Bashar Assad “perdeu toda a legitimidade”| Foto: Saudi Press Agency/Reuters

O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu ontem garantias à oposição moderada síria para fornecer armas aos insurgentes que combatem contra o regime de Bashar Assad. O americano exigiu que as armas não caiam em "mãos erradas".

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Kerry fazia referência a grupos radicais islâmicos que estão infiltrados na oposição síria, como o Jabhat al Nusra, vinculado à rede terrorista Al- Qaeda. Mesmo com a infiltração, a Coalizão da Oposição Síria pediu diversas vezes para ser armada.

"Não há garantias de que as armas não cheguem às mãos erradas, mas há uma disposição clara dentro da oposição síria para confirmar que as armas chegam aos opositores moderados", disse, em viagem à Arábia Saudita, uma das principais apoiadoras dos rebeldes.

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Em encontro com o ministro das Relações Exteriores saudita, Saud al Faissal, o secretário disse ter interesse em fortalecer a oposição síria, mas permitir que o conflito se solucione por vias pacíficas. Se não for possível, ele afirmou que os EUA continuarão a pressionar Assad.

Para Kerry, o ditador "perdeu toda a legitimidade". Por sua vez, Faisal insistiu que Assad "perdeu o controle do país" e denunciou que alguns países estão armando o regime sírio, mas não especificou quais. O ministro saudita pediu o embargo de armas ao regime de Assad, já que este as utiliza "para bombardear" a sua população.

Confrontos

Ontem, o regime sírio anunciou uma ofensiva para tomar o controle da cidade de Homs, na região central do país, uma das mais conflagradas pelo conflito sírio. Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, houve dezenas de mortos e feridos na ação.

Mais cedo, o jornal estatal Al Watan disse que rebeldes mataram 115 policiais em uma batalha para tomar o controle da academia militar da Província de Aleppo, no norte do país, no domingo.

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