O secretário de Estado norte-americano John Kerry sugeriu neste domingo (5) que o Irã deve se envolver nas conversas de paz na Síria que devem ser realizadas em Genebra ainda este mês. Membros da oposição podem resistir a este movimento.

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Os comentários de Kerry foram os primeiros por parte de uma autoridade norte-americana indicando que os iranianos deveriam ser convidados para a conferência, marcada para 22 de janeiro. A Rússia e o enviado especial das Nações Unidas para a Síria haviam dito que o Irã deveria participar na conferência de Genebra, mas a ideia vinha sendo rejeitada pela França, Arábia Saudita e - até a fala de Kerry neste domingo - pelos Estados Unidos.

A Coalizão Nacional Síria, principal grupo de oposição do país, é contrária a participação do Irã, de acordo com autoridades. O grupo se recusou a colocar o tema na agenda de uma conferência preparatória que acontece neste momento em Istambul, na Turquia. O evento em Istambul acaba nesta segunda-feira.

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Os Estados Unidos vinham rejeitando uma participação do Irã porque Teerã ainda não apoiou publicamente os princípios de uma conferência de paz anterior que pediu um governo de transição na Síria. "O Irã poderia facilmente participar se ele simplesmente aceitasse publicamente a premissa da primeira conferência em Genebra e na qual a segunda conferência é baseada, que é de um governo de transição", disse Kerry.

Kerry não descartou ainda a possibilidade de o Irã ter um papel nas conversas mesmo não sendo um participante formal. "Eles poderiam participar estando do lado de fora? Existem formas para que eles possam opinar? Poderia a missão que eles já têm em Genebra ajudar no processo? Pode ser que haja formas de isso acontecer", completou o secretário.