A porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland, anunciou nesta quarta-feira (3) que o secretário de Estado John Kerry vai viajar neste fim de semana para Turquia, Israel e Cisjordânia. O giro de Kerry pela região começa no domingo (7), quando desembarca em Istambul, onde o secretário de Estado deve discutir questões envolvendo a guerra civil na vizinha Síria, disse Nuland a repórteres.

CARREGANDO :)

Na segunda-feira (8), Kerry visitará Jerusalém, onde se reunirá com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, e Ramallah, na Cisjordânia, onde será recebido pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

A porta-voz ressaltou que a passagem de Kerry por Jerusalém, a terceira em menos de um mês, não deve ser vista como um novo esforço para solucionar as disputas na região, mas sim como uma oportunidade de ver se israelenses e palestinos estão prontos para as negociações de paz.

Publicidade

Do Oriente Médio, Kerry segue para o Reino Unido para um encontro de chanceleres do G8, e depois visita Coreia do Sul, China e Japão.

Giro de Obama

O presidente Barack Obama esteve na região em março, onde conseguiu uma vitória na melhoria das relações entre Israel e Turquia. Os dois países concordaram em restaurar a normalidade diplomática depois que Netanyahu desculpou-se em pela morte de nove cidadãos turcos durante um ataque a uma flotilha que tentava romper o embargo imposto por Israel e levar ajuda humanitária para a faixa de Gaza.

A reaproximação pode ajudar Washington a preparar os esforços regionais para conter as consequências da guerra civil na Síria e amenizar o isolamento diplomático de Israel no Oriente Médio, que enfrenta novos desafios por causa do programa nuclear iraniano.

Obama também conseguiu amenizar o desconforto israelense sobre ele, acalmando as preocupações do Estado judeu sobre o comprometimento do presidente em confrontar o Irã.

Publicidade

O presidente também tentou mostrar aos palestinos que não esqueceu suas aspirações por um Estado, mas os deixou muito decepcionados por ter desistido das exigências de uma paralisação na construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia.