O governo da Ucrânia deu ontem um ultimato para que os ativistas pró-Rússia deixem os prédios públicos ocupados desde o último fim de semana no leste do país.
O recado foi dado principalmente para os militantes das cidades de Donetsk e Lugansk, que ainda ontem mantinham o controle de edifícios do governo com barricadas para impedir que fossem expulsos do local.
"Uma resolução para essa crise será dada em 48 horas", disse o ministro do interior ucraniano, Arsen Avakov. "Para aqueles que querem diálogo, nós vamos propor conversa e solução política. A minoria que quer o conflito terá uma resposta de força por parte das autoridades ucranianas", afirmou.
O governo retomou na terça-feira o controle sobre Kharkov, segunda maior cidade do país, depois de ter detido e retirado cerca de 70 militantes pró-Moscou que haviam ocupado um prédio público.
Em Donetsk, centro industrial e de negócios da Ucrânia, um grupo chegou a declarar independência na segunda-feira, uma iniciativa de caráter mais simbólico, já que a situação na região ainda está longe de um separatismo de fato.
Uma reunião foi anunciada para semana que vem entre Ucrânia, Rússia, Estados Unidos e União Europeia para tentar buscar uma solução para a crise.