Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Crise

Kiev rejeita eleições antecipadas

Na capital da Ucrânia, opositores fazem barricadas para resistir nos protestos. A proposta do governo de anistia em troca de desocupação de prédios públicos não acalmou os ânimos | Vasily Fedosenko/Reuters
Na capital da Ucrânia, opositores fazem barricadas para resistir nos protestos. A proposta do governo de anistia em troca de desocupação de prédios públicos não acalmou os ânimos (Foto: Vasily Fedosenko/Reuters)

O representante do presidente Viktor Yanukovich no Parlamento da Ucrânia descartou ontem que as autoridades estejam pensando em convocar eleições parlamentares antecipadas. Poucas horas depois de ter garantido a um canal de televisão ucraniano que Yanukovich estaria disposto a convocar eleições no caso de não acontecer um acordo para superar a crise política, o representante Yuri Miroshnichenko voltou atrás.

"Não estamos discutindo esta questão na atualidade. Aprovamos a lei [de anistia] e deixamos para trás [as eleições]", disse o também deputado do Partido das Regiões, governista.

O deputado detalhou que a convocação de eleições antecipadas foi cogitada "quando estávamos preparando os projetos de lei (de anistia)".

Ontem à noite, Miroshni­chenko garantiu que o presidente tinha dito: "se nós políticos não somos capazes de chegar a um acordo, de alcançar um compromisso e cumpri-lo, a única forma democrática de resolver a situação é realizar eleições antecipadas".

Miroshnichenko afirmou que essas foram as palavras de Yanukovich na reunião que manteve no final da semana passada com os membros do grupo parlamentar do Partido das Regiões, a formação política do governo.

"E ele (Yanukovich) disse: ‘os senhores irão a eleições antecipadas e eu também", relatou Miroshnichenko.

Sem acordo

Os protestos da oposição começaram em Kiev há dois meses e meio, depois que Yanukovich adiou a assinatura do Acordo de Associação com a União Europeia, prevista para o final de novembro do ano passado.

Por causa das crescentes manifestações, no centro de Kiev, de grupos favoráveis ao acordo com a UE, a maioria parlamentar governista aprovou no último dia 16 uma série de leis para restringir o direito de reunião e outras liberdades civis.

Três dias depois, ocorreram confrontos violentos entre manifestantes e policiais antidistúrbios na capital, que deixaram vários mortos – seis, segundo a oposição; três, de acordo com a versão oficial – e centenas de feridos.

Oposição

Líderes da oposição na Ucrânia disseram que o presidente precisa resolver a crise política no país antes que a situação se torne mais tensa. Vitali Klitschko, ex-campeão de box e uma das principais figuras presentes nos protestos na Ucrânia, se encontrou ontem com o presidente Viktor Yanukovych e, o parlamento se reuniu, mas não tomou nenhuma decisão.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.