Coréia do Norte nega que Kim esteja doente
A Coréia do Norte rejeitou nesta quarta-feira (10) os rumores de que o dirigente Kim Jong-il estaria gravemente doente, o que poderia provocar profundas mudanças de poder no regime comunista.
O líder norte-coreano Kim Jong Il está se recuperando de um derrame cerebral e ainda controla o regime do seu isolado país comunista, disse o governo da Coréia do Sul nesta quarta-feira (10), rejeitando versões de que o líder da Coréia do Norte esteja gravemente enfermo.
O presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, realizou nesta quarta uma reunião de ministros de defesa e segurança, que receberam informações da inteligência sul-coreana de que Kim está em recuperação, disse Lee Dong-Kwan, porta-voz da presidência.
O líder da Coréia do Norte não está atualmente em "sérias condições" de saúde, disse o porta-voz da Coréia do Sul em comunicado, após o encontro na noite desta quarta (horário local) em Seul. Kim Jong Il tem 66 anos.
As especulações sobre uma possível doença aumentaram após o líder não comparecer à parada em comemoração aos 60 anos de fundação do Estado comunista, nesta terça-feira (9).
"Não existem problemas", com a saúde do líder, disse Kim Yong Nam, o número dois no regime de comunista de Pyongyang, à agência de notícias japonesa Kyodo, durante as comemorações.
Há semanas Kim não aparece em eventos públicos e, segundo alguns rumores, médicos estrangeiros foram trazidos para tratá-lo.
O Serviço Nacional de Inteligência da Coréia do Sul informou a um comitê parlamentar que havia recebido relatórios de inteligência, segundo os quais Kim foi recentemente submetido a uma cirurgia não especificada no sistema circulatório. Ainda segundo esse relato, a saúde de Kim melhorou bastante deste então. O funcionário responsável pela informação pediu anonimato
A agência de notícias Yonhap, citando parlamentares que receberam informações da agência de espionagem, sustentou que Kim havia sofrido uma hemorragia cerebral. Porém ele permanece consciente e "é capaz de controlar a situação". Ainda segundo essa fonte, Pyongyang não vive um "vácuo de poder".
Mais cedo, funcionários norte-coreanos haviam negado que Kim estivesse doente ou qualquer outro rumor por causa de sua ausência na parada comemorativa. Song Il Ho, um alto diplomata, disse que os relatos sobre a doença de Kim eram "sem valor" e um "plano conspiratório". Segundo ele, a mídia ocidental já publicou informações falsas antes sobre o país.
Desde 2002, a Coréia do Norte vive um impasse com os Estados Unidos por causa de suas ambições nucleares. O país explodiu sua primeira bomba nuclear em 2006, mas concordou no ano passado em desmantelar suas instalações nucleares, em troca de auxílio econômico e concessões políticas.
As negociações, porém, chegaram a um impasse recentemente, sobre como verificar as declarações de Pyongyang sobre o tema. Washington até agora reluta em cumprir a promessa de retirar a Coréia do Norte de sua lista de nações terroristas. As informações são da Associated Press.
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