Kim Jong-un sendo recebido nesta terça-feira (12) na estação ferroviária da cidade de Khasan, localizada no extremo oriente russo| Foto: Reprodução/EFE
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O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chegou à Rússia nesta terça-feira (12) para o aguardado encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A confirmação da chegada foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que afirmou também que a reunião entre Kim e Putin está programada para acontecer nos “próximos dias”.

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A viagem de Kim Jong-un marca sua primeira saída da Coreia do Norte em mais de quatro anos e o motivo exato da visita à Rússia não foi oficialmente divulgado. No entanto, informações do jornal americano The New York Times reveladas no início de setembro dão conta de que a pauta principal do encontro será a negociação de uma cooperação militar entre os dois países, com foco na possibilidade de que a Coreia do Norte forneça armas para a Rússia, que seriam utilizadas pelo país de Putin para reforçar suas forças que lutam em território ucraniano.

O líder norte-coreano viajou acompanhado por altos funcionários de seu regime e das Forças Armadas do país, conforme informou a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, a KCNA. A chegada de Kim ocorreu na estação ferroviária da cidade de Khasan, localizada no extremo oriente russo. No local, ele foi recebido pelo presidente da comissão intergovernamental da Federação Russa e ministro dos Recursos Naturais e Meio Ambiente do país, Alexander Kozlov.

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A reunião entre Kim e Putin levantou preocupações por parte do governo dos EUA. Os americanos afirmam que os norte-coreanos desejam adquirir por meio do acordo de armas tecnologia avançada para ser usada em seus satélites e submarinos nucleares, além de assistência alimentar.

Na segunda-feira (11), o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, afirmou que, com a reunião, os EUA interpretam que Putin está “suplicando por ajuda”. Recentemente os EUA também reiteraram que a Coreia do Norte "pagará um preço na comunidade internacional" se decidir realmente fornecer armas para os russos.

Caso um acordo seja alcançado, essa reunião poderá transformar a relação entre os dois países, que historicamente se limitou a demonstrações públicas de cooperação e transações comerciais relativamente modestas.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]