O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, deu mais poderes à irmã mais nova, Yo-jong, e a outros auxiliares próximos a ele para supervisionar assuntos do Estado, revelou a agência de espionagem da Coreia do Sul nesta quinta-feira (20). Isso teria ocorrido com o objetivo de "aliviar o estresse (de Kim) de seu reinado e evitar a culpabilidade no caso de falha política", disse a agência. Apesar disso, Kim ainda mantém "autoridade absoluta" sobre a Coreia do Norte.
"Atualmente, Kim Yo-jong, a primeira vice-diretora de departamento do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, está dirigindo os assuntos gerais do Estado", disse o Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul em uma entrevista a portas fechadas com os legisladores do país, segundo informou a agência de notícias Yonhap News. Ela também foi encarregada da política norte-coreana para a Coreia do Sul e os Estados Unidos e outras questões gerais.
"Yo-jong é a segunda líder de facto, mas (o líder norte-coreano) não escolheu um sucessor".
Além dela, Pak Pong-ju, vice-presidente da Comissão de Assuntos do Estado, e o novo premiê Kim Tok-hun assumiram o poder no controle do setor econômico. Choe Pu-il, diretor do departamento de assuntos militares do partido, e Ri Pyong-chol, vice-presidente da Comissão Militar Central do partido, assumiram autoridade parcial sobre questões militares.
Alguns analistas da política norte-coreana, porém, estão céticos quanto às informações da inteligência sul-coreana. O site especializado NK News relatou recentemente que Yo-jong não compareceu a duas importantes reuniões do partido neste mês, o que levou a especulações de que ela teria, na verdade, perdido poder dentro do regime.
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