‘Coreia do Norte responderá se for tocada por agressores’, afirma ditador
Ainda durante seu discurso de Ano Novo, o ditador Kim Jong-un também ameaçou Seul sobre qualquer iniciativa que possa colocar em questão o acordo assinado entre os dois países em agosto e que evitou um confronto armado.
Kim voltou a dizer que são uma “ameaça” os exercícios militares anuais que a Coreia do Sul faz com os Estados Unidos.
“Se os agressores e provocadores nos tocarem, ainda que ligeiramente, não hesitaremos em responder com uma guerra santa implacável pela justiça e pela reunificação nacional”, afirmou.
Em seu discurso anual de Ano Novo, o líder norte-coreano Kim Jong-un, disse nesta sexta-feira que está pronto para guerra se receber provocações de estrangeiros “invasivos”, mas evitou fazer ameaças e qualquer menção ao seu programa de armas nucleares. Contudo, Kim se mostrou aberto para conversar com qualquer pessoa interessada em “reconciliação e paz” na península coreana.
Este foi o quarto discurso de Kim desde que se tornou líder em 2011, quando seu pai, Kim Jong II, morreu, provocando um longo e turbulento processo de sucessão marcado por vários expurgos sangrentos no país isolado.
“A Coreia do Sul tem feito um caso unilateral para a unificação e aumento da desconfiança e conflito entre nós”, disse Kim durante um discurso longo de 30 minutos, transmitido na TV estatal da Coreia do Norte, destacando a sua suspeita de políticas de unificação do Sul.
Há pouca informação pública sobre o funcionamento e os objetivos da política de Pyongyang, que considera a democrática Coreia do Sul e os Estados Unidos inimigos.Analistas apontam que o líder norte-coreano pode querer aumentar conquistas diplomáticas e econômicas tangíveis antes de uma convenção do dominante Partido dos Trabalhadores em maio, a primeira desde 1980, e que deverá anunciar grandes mudanças nas políticas do governo e da elite política para consolidar ainda seu poder.
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