O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, chegou à Rússia nesta semana e teve o seu primeiro encontro com o chefe do Kremlin, Vladimir Putin, nesta quarta-feira (13), no Centro Espacial russo de Vostochny.
Durante a reunião, que teve duração de aproximadamente uma hora e meia, o líder norte-coreano reafirmou seu apoio a Moscou na "luta sagrada para proteger sua soberania e segurança" no conflito contra a Ucrânia. Além disso, Kim disse que os países são parceiros no "combate ao imperialismo", garantindo que Pyongyang apoia “todas as decisões” de Putin.
Segundo a agência Interfax, após o encontro presencial, os líderes participarão de um almoço oferecido pelo líder russo em homenagem ao seu convidado.
Kim viajou para a Rússia com uma delegação que inclui os ministros da Defesa e das Relações Exteriores, além de altos funcionários militares, incluindo o diretor do Departamento Industrial de Munições e também o secretário de Ciência e Educação do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores, que está ligado ao programa espacial norte-coreano.
Do lado russo, participaram na reunião os Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, respectivamente Sergei Lavrov e Sergei Shoigu. O último encontro entre os líderes ocorreu em 2019, na Rússia.
Pouco antes da reunião, Putin explicou à imprensa que escolheu o cosmódromo de Vostochny para a reunião porque o líder norte-coreano “tem um grande interesse em foguetes”.
A agenda da reunião incluiu relações e cooperação bilaterais, laços comerciais e econômicos, bem como intercâmbios culturais, assuntos internacionais e regionais, entre outros temas descritos como “sensíveis” pelo Kremlin.
Segundo o jornal The New York Times, Putin quer que a Coreia do Norte venda munições de artilharia e mísseis antitanque à Rússia, enquanto Pyongyang procuraria tecnologia avançada para a fabricação de satélites e submarinos com propulsão nuclear, bem como para a produção de petróleo e assistência alimentar (Com informações da Agência EFE).
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