O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, fez um raro pedido de desculpas à Coreia do Sul nesta sexta-feira (25) pelo assassinato de um funcionário sul-coreano por militares do Norte no início desta semana. Uma notificação formal enviada ao Sul diz que Kim sente muito por muito "decepcionar" o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, com o incidente "desagradável", segundo a agência de notícias Yonhap News.
O Norte também disse que "o que não deveria acontecer, aconteceu" e instruiu as tropas a estabelecer um sistema para registrar todo o processo de atividades de segurança da fronteira marítima, de modo a não provocar "pequenos erros ou grandes mal-entendidos".
Um funcionário do governo sul-coreano foi morto e incendiado por militares da Coreia do Norte que o encontraram em águas norte-coreanas à deriva, segundo relato de Seul. A Coreia do Norte ofereceu uma versão um pouco diferente, dizendo que "o homem não identificado" não respondeu sinceramente às verificações verbais de segurança a bordo de um "material flutuante" a cerca de 80 metros de distância. Os norte-coreanos então dispararam duas vezes. O homem tentou fugir, e eles dispararam mais dez vezes. Depois de atirar, eles contam que vasculharam o "material flutuante", mas só encontraram muito sangue, e não seu corpo. O "material" foi queimado seguindo as orientações da ditadura para a prevenção da Covid-19.
Kim Jong-un disse que entendia "mais do que ninguém o tipo de pressão e sofrimento" necessários para superar a pandemia e os danos causados pelos recentes tufões. É "verdade sincera" que ele compartilha "a dor e o sofrimento do povo do sul", disse ele.
A Coreia do Norte disse ainda que lamenta que o as autoridades do Sul tenham divulgado o incidente desta terça-feira à imprensa de forma "unilateral". Mas esse raro pedido de desculpas por parte de Kim Jong-un e a divulgação da nota é um sinal de que os governos ainda estão interessados em continuar conversando. Suh Hoon, diretor de segurança nacional da presidência sul-coreana, afirmou que o governo vai olhar para os laços intercoreanos mais uma vez e fazer o seu melhor para estabelecer a segurança da Península Coreana e relações bilaterais para atender às expectativas do povo.
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