O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, quer que o país esteja "mais preparado do que nunca para a guerra" diante do que chamou de "complexa situação internacional" durante uma visita à Universidade Político-Militar Kim Jong-il, informou nesta quinta-feira (12) a imprensa local.
Kim visitou e inspecionou no dia anterior as instalações da instituição fundada em 1973 e que tem o nome de seu pai, o ditador Kim Jong-il, falecido em 2011. Ele estava acompanhado de membros do alto escalão do regime, incluindo Pak Jong-chon, vice-presidente da Comissão Militar Central, o ministro da Defesa Nacional, Kang Sun-Nam e o chefe do Estado-Maior, Ri Yong-gil, de acordo com a agência de notícias estatal KCNA.
Ele "assistiu às aulas ministradas aos alunos sobre operações e táticas" e "visitou as salas de estudo e treinamento para conhecer em detalhes a educação oferecida", segundo a agência.
O líder norte-coreano disse que, diante da "complexa situação internacional seriamente agravada pela escalada perpétua da violência e dos conflitos armados e da situação militar e política instável em torno da República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país]", é necessário "estar mais preparado do que nunca para a guerra".
"É necessário se preparar com mais firmeza e excelência não apenas para uma possível guerra, mas para uma guerra que deve ser vencida sem falta", acrescentou.
Kim "afirmou que, se o inimigo optar por um confronto militar" com a Coreia do Norte, o país "desferirá um golpe mortal sem hesitação, mobilizando todos os meios à sua disposição", informou a KCNA.
As declarações de Kim foram conhecidas logo após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciarem em Washington uma série de medidas que representam a maior revisão da aliança militar entre os dois países em 65 anos, incluindo acordos sobre defesa e tecnologia.
Embora o anúncio coloque um foco especial na China, a modernização e o fortalecimento dos laços militares entre Tóquio e Washington também buscam dissuadir a Coreia do Norte de continuar desenvolvendo seus programas nucleares e de mísseis.
Após o fracasso das negociações de desnuclearização com os EUA há cinco anos, a Coreia do Norte rejeitou qualquer convite para o diálogo e, enquanto Seul, Tóquio e Washington fortaleceram sua cooperação militar, Pyongyang fez o mesmo com Moscou no ano passado. (Com Agência EFE)