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Ditador comunista

Kim Jong-un quer forças da Coreia do Norte “prontas para a guerra” e cita armas nucleares

O ditador norte-coreano, Kim Jong-un (Foto: KCNA/EFE)

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Durante uma conferência militar com comandantes de seu exército nesta segunda-feira (18), o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, enfatizou a necessidade de suas forças estarem “prontas para uma guerra real” e justificou a expansão de seu poder nuclear como uma "ferramenta de defesa".

Em um discurso veiculado pela agência estatal KCNA, Kim acusou os Estados Unidos de estarem “instigando” conflitos em várias partes do mundo ao apoiar militarmente a Ucrânia e Israel. O ditador norte-coreano disse que o ato dos EUA “prejudica” a segurança global e aproxima a comunidade internacional de uma possível Terceira Guerra Mundial. Neste contexto, ele reforçou a necessidade de seu exército estar pronto para “agir a qualquer momento”.

“’Todos os esforços para completar os preparativos para a guerra!’ – isso é uma exigência da revolução e da situação atual, assim como um lema militar a ser levado por todos os níveis das nossas forças armadas”, disse o ditador comunista.

Ainda em seu discurso, Kim justificou a fabricação de armas nucleares como uma "ferramenta" para fortalecer a defesa de seu país.

“Construiremos as forças de autodefesa de nossa nação, cujo eixo é sua capacidade nuclear, de forma ilimitada e incessante, sem jamais nos satisfazermos”, disse Kim.

Em relação ao cenário internacional, Kim Jong-un criticou a aliança militar entre Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, afirmando que ela representa uma "ameaça" à paz na região da Ásia-Pacífico. Ele sugeriu que os esforços desta coalizão para expandir sua presença estratégica e realizar manobras conjuntas têm como objetivo criar uma “OTAN Asiática” e aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte.

O discurso do ditador ocorre em um momento em que cerca de 10 mil soldados norte-coreanos estão na região de Kursk, na Rússia, para apoiar Moscou no conflito contra a Ucrânia. Washington, a OTAN e Seul confirmaram a presença das tropas, embora Kim não tenha mencionado diretamente o envolvimento de seu país neste conflito.

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