O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, reduziu suas aparições públicas neste ano devido à epidemia do novo coronavírus, disseram nesta quarta-feira (6) legisladores da Coreia do Sul que foram informados pela agência de espionagem do país. Eles descartaram a possibilidade de que o líder norte-coreano tenha passado por uma cirurgia cardíaca.
Kim ficou quase quatro semanas sem aparecer em público e faltou a um dos mais importantes eventos da Coreia do Norte, o aniversário do fundador do país, Kim Il-sung, avô do atual ditador. Isso despertou rumores de que Kim Jong-un tivesse passado por uma cirurgia cardíaca e que estaria em grave estado de saúde. Na semana passada, porém, o ditador reapareceu na inauguração de uma fábrica de fertilizantes, segundo registro publicado pela imprensa estatal norte-coreana.
"O NIS [Serviço de Inteligência Nacional da Coreia do Sul] avalia que pelo menos ele não recebeu nenhum procedimento ou cirurgia relacionada ao coração", disse Kim Byung-kee, membro do comitê, a repórteres. "Ele estava normalmente cumprindo seus deveres enquanto estava fora dos olhos do público. Pelo menos não há problemas de saúde relacionados ao coração".
Eles também disseram que Kim Jong-un está fazendo menos aparições pública em 2020. Foram 17 até agora, em comparação com um média de 50 em anos anteriores, o que o NIS atribuí a um possível surto de coronavírus na Coreia do Norte.
"A Coreia do Norte manteve a posição de que não há nenhuma infecção, mas, como houve contatos humanos com a China antes do fechamento da fronteira em janeiro, não podemos excluir a possibilidade de um surto de coronavírus no Norte", observou o NIS, segundo a agência sul-coreana Yonhap News.
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