A ditadura da Coreia do Norte está reforçando a segurança na fronteira com a Coreia do Sul, depois que o primeiro caso suspeito de Covid-19 foi anunciado pelo regime comunista nesta segunda-feira (27). Até agora, o país era um dos dois únicos no mundo que não tinham notificado o vírus – o Turcomenistão garante que não tem nenhum caso de Covid-19.
Segundo a agência de notícias estatal KCNA, um homem que tinha fugido do país para a vizinha Coreia do Sul, havia três anos, voltou ilegalmente e apresentou sintomas da doença. O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, ordenou o fechamento da cidade fronteiriça de Kaesong, onde o homem infectado teria sido resgatado por soldados do Exército, e reforçou a segurança na fronteira com a Coreia do Sul, aumentando o número de postos de controle e de pessoal.
"As agências supremas declararam emergência na região, implementaram o sistema nacional de proteção e comunicaram a decisão de emitir o aviso à direção central do partido", informou o comunicado da KCNA.
As forças armadas da Coreia do Sul acreditam que o desertor tenha nadado através da fronteira da ilha de Gwanghwa, na fronteira oeste, depois de passar por um dreno sob cercas de arame farpado para fugir dos guardas de fronteira sul-coreanos.
O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Jeong Kyeong-doo, pediu desculpas nesta terça-feira (28) por não ter impedido a fuga do norte-coreano. Porém, as autoridades de saúde do país negam que o homem estaria com Covid-19.
"Esta pessoa não está registrada como um paciente de Covid-19, nem é classificada como uma pessoa que entrou em contato com pacientes com vírus", disse Yoon Tae-ho, uma autoridade sênior de saúde, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.
Jeong disse que o Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte "deve ter um objetivo político" para ter alegado que o homem está com sintomas da Covid-19, ao mesmo tempo em que "enfatiza os riscos potenciais da propagação" da doença.
Covid-19 na Coreia do Norte
O governo de Pyongyang adotou medidas duras de isolamento contra a Covid-19. Desde fevereiro, as fronteiras estão fechadas e nem cidadãos do país que estão no exterior e querem voltar podem entrar. As autoridades norte-coreanas também alegaram que estão desenvolvendo uma vacina contra a Covid-19. Segundo o site independente NK News, após o caso suspeito, a ditadura decidiu impor novas restrições à liberdade de circulação de enviados estrangeiros que vivem na capital.
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