Os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Argentina, Cristina Kirchner, estão reunidos hoje, desde às 11h, na cidade uruguaia de Colônia, para dar início à reconstrução da relação bilateral, interrompida há quase sete anos por causa do conflito em torno da construção de uma fábrica de celulose às margens do rio fronteiriço, o Uruguai.
Será o quarto encontro entre os dois chefes de Estado neste ano, mas o primeiro para começar a discutir a ampla agenda de interesses comuns. A reaproximação entre a Argentina e o Uruguai é um dos muitos deveres de casa que o Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai são sócios plenos) não foi capaz de resolver.
Uma das principais sequelas do conflito é o bloqueio de uma das três pontes que unem os dois países por parte dos moradores da cidade argentina de Gualeguaychú. Eles alegam que a fábrica finlandesa de celulose, no município uruguaio de Fray Bentos, polui o rio e as praias da região. A ponte está fechada há quase quatro anos e o governo uruguaio já pediu a intervenção do Brasil em várias oportunidades durante a gestão do antecessor de Mujica, Tabaré Vázquez.
A diplomacia brasileira preferiu não entrar na polêmica. O Tribunal Internacional de Justiça chegou à conclusão, há cerca de dois meses, que a fábrica não é poluente e, portanto, não deve ser fechada, como querem os ativistas de Gualeguaychú. No entanto, os argentinos não pretendem desmobilizar o bloqueio que segundo o governo uruguaio, provoca prejuízos à economia de seu país.
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