Buenos Aires – O governo argentino já gastou desde 2004, sob a batuta do presidente Néstor Kirchner, US$ 15,6 bilhões além do que havia previsto nos Orçamentos que enviou ao Congresso. Só neste ano, eleitoral, o gasto extra, que não é fiscalizado, atingiu US$ 6,6 bilhões.

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Os números foram revelados ontem pelo jornal argentino "La Nación’’. A oposição acusa o governo Kirchner de subestimar propositadamente a arrecadação para poder dispor de mais dinheiro para gastar de forma discricionária.

O dinheiro arrecadado além da previsão é gasto pelo governo por meio de decretos de necessidade e urgência, o equivalente às medidas provisórias do Poder Executivo brasileiro, e não passa pela supervisão do Congresso, diferentemente dos gastos previstos no Orçamento.

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O governo Kirchner é recordista em emissão de decretos no país. O mais recente deles data de agosto deste ano. Por meio dele, o governo injetou no Orçamento US$ 4,5 bilhões. Cerca de metade desse valor foi destinado ao Ministério do Planejamento, órgão que coordena as obras públicas no país.