O presidente argentino, Néstor Kirchner, começou a abandonar o suspense sobre sua eventual candidatura à reeleição em 2007.

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Kirchner tem popularidade elevada, graças a três anos de crescimento anual de 9%, o que reduziu o desemprego, a pobreza e a miséria. Quase ninguém duvida da candidatura dele à reeleição, mas o presidente e seus assessores se negam a falar no assunto, pois se dizem dedicados às tarefas do governo.

Mas, depois de atrair mais de 100 mil pessoas à praça de Mayo no dia 25 e de propor uma ampla coalizão com outras forças, alguns de seus colaboradores passaram a esquentar os motores para 2007.

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- Todo esse espaço de concertação plural, todo este espaço do movimento nacional terá um candidato, que será argentino ou argentina, ou pinguim ou 'pinguína' - disse Kirchner nesta sexta-feira durante evento na província de Chubut, na Patagônia. Foi fortemente aplaudido.

Kirchner, nascido na gélida província de Santa Cruz, gosta de ser chamado de "pinguim". Ao citar da fêmea dessa ave, alimentou especulações de que ele poderia apoiar sua mulher, a senadora Cristina Fernández, na eleição presidencial.

- Agora são tempos de trabalho, tempos de esforços, alguns estão preocupados, falando de candidaturas e se mostrando como candidatos. Chegará o momento no ano que vem - acrescentou Kirchner, baixando o tom da frase anterior.

Até o momento, a única candidatura oficializada é a de Elisa Carrió, do partido oposicionista Argentinos por uma República Igualitária.

Entre candidatos mencionados pela imprensa estão o deputado oposicionista Mauricio Macri, que é presidente do clube de futebol Boca Juniors, e Jorge Sobisch, governador da província de Neuquén.

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Nos últimos dias começou a especular-se também que Roberto Lavagna, que foi ministro da Economia de Kirchner, vai liderar uma aliança de oposição em outubro 2007. O ex-ministro disse que as candidaturas só devem ser debatidas no ano que vem.