Buenos Aires (AE) O casal Néstor Kirchner e Cristina Fernández de Kirchner infligiu uma dura derrota ao casal Eduardo Duhalde e Hilda Chiche de Duhalde, na província de Buenos Aires. Candidata ao Senado, a esposa do presidente Kirchner conseguiu 46,01% dos votos na eleição legislativa de domingo, enquanto que a mulher do ex-presidente Duhalde obteve apenas 19,7%. O peso da vitória dos Kirchner foi maior ao que estava previsto. A edição eletrônica do jornal "Clarín" não teve sutilezas na manchete: "Cristina esmagou".
Esta foi a pior derrota que os Duhalde já tiveram. Segundo os analistas, o caudilho bonaerense perde sua influência na esfera política nacional, ficando restrito a um poder residual na província que, durante 15 anos, foi seu feudo.
No entanto, os analistas destacam que embora o poder "duhaldista" tenha encolhido, manterá uma relativa capacidade de incomodar o presidente Kirchner. Duhalde poderia optar em fazer um pacto com Kirchner ou tentar aglomerar setores da oposição, atualmente dispersos, para formar um arco opositor.
Cristina, com um amplo sorriso, celebrou a vitória na província, afirmando que os argentinos haviam apostado na gestão de seu marido e na renovação da classe política. Hilda Chiche, com sorriso amarelo, admitiu a derrota, e alegou que seus partidários não haviam sido totalmente derrotados.
Os analistas e a classe política acreditavam que Kirchner não passaria de um "títere" nas mãos de Duhalde. No entanto, a realidade foi diferente. Kirchner rapidamente tentou se tornar independente de Duhalde e começou a governar sem obedecer o ex-presidente.
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