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O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, criticou o acordo de defesa dos americanos com a vizinha Finlândia: “Ninguém ameaçou ninguém”
O porta-voz da presidência da Rússia, Dmitry Peskov, criticou o acordo de defesa dos americanos com a vizinha Finlândia: “Ninguém ameaçou ninguém”| Foto: EFE/EPA/ALEXANDER ZEMLIANICHENKO

O Kremlin alertou nesta sexta-feira (15) que o envio de tropas americanas para o território da vizinha Finlândia, novo membro da OTAN, será uma ameaça evidente para a Rússia.

“É claro que agora que a Finlândia é membro da OTAN e que a infraestrutura militar aliada entrará na Finlândia, para nós isso será uma ameaça, isso é totalmente evidente”, disse o porta-voz presidencial Dmitry Peskov em sua entrevista coletiva telefônica diária.

Peskov se mostrou convencido de que esta situação aumentará a tensão com a Finlândia, que reabriu esta semana dois postos fronteiriços com a Rússia e os fechou 24 horas depois devido ao aumento do fluxo de migrantes provenientes do Oriente Médio.

“Só podemos lamentar, pois realmente tínhamos relações magníficas com a Finlândia. Ninguém ameaçou ninguém, não houve problemas, não houve reclamações, ninguém prejudicou os interesses um do outro, havia respeito mútuo e mais além”, comentou Peskov.

A Finlândia e os Estados Unidos chegaram a um acordo de cooperação em defesa (DCA, na sigla em inglês) que permitirá às tropas americanas utilizar 15 bases militares no país nórdico, informou nesta quinta-feira o governo finlandês.

O Ministério das Relações Exteriores finlandês explicou em comunicado que o DCA irá reforçar a defesa do país nórdico porque permite a presença e treinamento de forças americanas e o armazenamento de material de defesa no seu território.

A Finlândia, o país da União Europeia com a fronteira mais longa com a Rússia, optou por abandonar sua tradicional política de neutralidade após a invasão russa da Ucrânia e completou sua entrada na OTAN em tempo recorde no último mês de abril.

A entrada da Finlândia na aliança atlântica e seu pacto bilateral de defesa com os Estados Unidos suscitaram a ira do Kremlin, que ameaçou Helsinque em diversas ocasiões com a adoção de contramedidas, inclusive “técnico-militares”, caso assinasse o DCA.

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