O ditador da Rússia, Vladimir Putin, deve receber em breve uma visita em Moscou do seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, informou o Kremlin nesta quinta-feira (1º).
Segundo informações da agência EFE, o porta-voz da ditadura russa, Dmitry Peskov, disse numa entrevista a uma emissora de rádio que os dois líderes planejam se encontrar já há algum tempo, mas houve problemas de agenda e falta de tempo devido à campanha eleitoral na Venezuela.
“Agora que ele [Maduro] se tornou o vencedor das eleições, pode-se presumir que, é claro, os preparativos serão ativados”, disse Peskov, que afirmou que a visita será realizada “nos prazos que os dirigentes considerarem adequados”.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou Maduro vencedor da eleição presidencial de domingo (28), mas a oposição apontou que seu candidato, Edmundo González, venceu o pleito e que as atas de votação, cuja maior parte o bloco contrário ao chavismo disponibilizou online, comprovam isso.
Por ora, Maduro e o CNE, controlado pelo chavismo, não divulgaram oficialmente as atas, e a ditadura venezuelana tem reprimido com violência os protestos que denunciam fraude eleitoral.
Nesta semana, Peskov já havia manifestado apoio do Kremlin ao parceiro, ao dizer que a oposição deve “aceitar sua derrota” e “parabenizar” Maduro.
O porta-voz do Kremlin também afirmou que seria “muito importante” que “as tentativas de agravar a situação dentro da Venezuela não sejam encorajadas por países terceiros”.
Em março, Putin também foi declarado vencedor numa eleição presidencial contestada, com seus principais oponentes presos ou impedidos de participar e indícios de fraude.
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