O ditador russo, Vladimir Putin| Foto: YURI KOCHETKOV/EFE/EPA
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O ditador da Rússia, Vladimir Putin, não se esforçou para acordar mais cedo e acompanhar ao vivo o debate entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o candidato republicano Donald Trump, segundo afirmou nesta sexta-feira (28) o Kremlin.

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“Não acredito que vocês esperem que o presidente da Rússia ligue o despertador para acompanhar o debate nos EUA”, disse Dmitry Peskov, porta-voz do regime russo, durante sua coletiva de imprensa telefônica diária.

Peskov destacou que este debate não foi “um acontecimento que conste na agenda do dia” da Rússia, na qual “há muitas questões que são realmente importantes para o nosso país”.

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"Não temos intenção de emitir uma avaliação sobre estes debates. É um assunto interno dos Estados Unidos. É a campanha eleitoral dos Estados Unidos", afirmou, embora tenha garantido que o Kremlin se informará devidamente sobre as declarações feitas por ambos.

Peskov reiterou ainda que a Rússia “nunca interferiu em uma campanha eleitoral nos Estados Unidos”, em resposta às acusações de ingerência nas eleições de 2016, vencidas por Trump.

"Se vocês se lembram, houve várias investigações nos EUA. Lá muitos acusaram a Rússia, lançaram campanhas muito caras e chegaram à conclusão de que nenhuma interferência foi detectada. Também não temos intenção de fazê-lo nesta ocasião", ressaltou.

Durante o debate, Trump rechaçou a iniciativa apresentada há duas semanas por Putin para acabar com a guerra na Ucrânia, que envolve a anexação das quatro regiões ocupadas por Moscou, a retirada das tropas ucranianas do leste e do sul do país e a renúncia de Kiev a seus planos de adesão à OTAN.

Por sua vez, Biden declarou mais uma vez que Putin é “um criminoso de guerra” que matou milhares de pessoas, que quer restaurar a União Soviética e que tentará invadir novos territórios depois da Ucrânia.

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Putin garantiu em algumas ocasiões que o Kremlin prefere a vitória de Biden, por se tratar de um líder “muito mais previsível do que Trump”, que considerou isso um elogio.

Ao mesmo tempo, defendeu Trump do que acredita ser uma perseguição judicial nos EUA e denunciou a “fraude” da votação pelo correio nas eleições presidenciais de 2020, vencidas por Biden.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]