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O ex-cadete de polícia Kyle Rittenhouse, 18 anos, foi absolvido nesta sexta-feira (19) de todas as acusações em julgamento em Kenosha, no estado americano de Wisconsin. Ele era acusado de cinco crimes: homicídio doloso, homicídio culposo, tentativa de homicídio e duas acusações de colocar a segurança de terceiros em risco. O júri, formado por cinco homens e sete mulheres, deliberou durante quatro dias.
Em agosto de 2020, Rittenhouse matou dois homens e feriu um terceiro em Kenosha, durante protestos contra o caso de um homem negro, Jacob Blake, que ficou paralítico após ser baleado por um policial.
Durante as manifestações de indignação contra a violência sofrida por Blake, tumultos, vandalismo e saques ocorreram em Kenosha, e publicações em redes sociais convocaram “patriotas” armados para irem à cidade para proteger vidas e propriedades.
Rittenhouse, que tinha 17 anos à época e morava em Illinois, foi a Kenosha armado com um rifle semiautomático, o que levou a promotoria a alegar que ele provocou a violência. A defesa sustentou durante o julgamento que o jovem agiu em legítima defesa, ao reagir para salvar a própria vida após ser chutado, atingido na cabeça com um skate e ter uma arma apontada para sua cabeça. Os dois homens que foram mortos eram brancos, assim como o que foi ferido e o próprio Rittenhouse.
Elie Honig, analista jurídico da CNN, disse logo após a divulgação do resultado que a promotoria não pode recorrer da decisão. “Acabou. A acusação não pode recorrer. Um veredicto de inocente é definitivo. Portanto, é o fim da acusação do Estado contra Kyle Rittenhouse”, explicou.