Químicos criam novo azul
O azul nem sempre é uma cor fácil de fazer. Os pigmentos azuis do passado eram frequentemente muito caros (o azul-marinho era feito da pedra preciosa lápis lazuli moída), venenosos (o azul cobalto é um possível carcinogênico e o azul prussiano pode exalar cianeto) ou inclinados a desbotar (muitos dos pigmentos orgânicos se desfazem quando expostos a ácidos ou ao calor). Então, foi uma agradável surpresa para os químicos da Universidade do Oregon quando eles criaram um pigmento novo, durável e brilhantemente azul, por acidente.
Os pesquisadores estavam tentando criar compostos com propriedades eletrônicas inovadoras, misturando óxido de manganês, que é preto, com outros elementos, e aquecendo a mistura a altas temperaturas. Porém, M. A. Subramanian, professor de ciências materiais, percebeu que uma das amostras que um dos estudantes havia acabado de retirar da fornalha estava azul.
Os pigmentos se mostraram seguros e duráveis, segundo Subramanian, embora não sejam baratos, graças ao uso do elemento químico índio.
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Astronauta volta à Terra após 87 dias
O ônibus espacial Atlantis, com sete tripulantes, aterrissou às 12h44 (hora de Brasília) de ontem no Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, ao término de uma missão que levou equipamentos e provisões à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
O Atlantis, que partiu do Centro Kennedy no dia 17 de novembro, traz à Terra também a astronauta Nicole Stott, que passou 87 dias na ISS.
O comandante Charlie Hobaugh e o piloto Barry Wilmore conduziram a nave de 93 toneladas em uma série de vaivéns laterais que ajudaram a diminuir sua velocidade desde que entrou na atmosfera, a cerca de 5.000 km/h.
O retorno de Stott marca o fim de uma década de uso dos ônibus espaciais norte-americanos para o rodízio de tripulações.
A missão da Atlantis incluiu três jornadas de trabalhos fora do veículo e mais de seis dias na ISS, para onde a nave levou mais de 14 toneladas de provisões e equipamentos.