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O laboratório chinês Sinovac anunciou nesta quarta-feira que vai instalar no Chile uma fábrica da vacina Coronavac contra a Covid-19 com capacidade para produzir cerca de 60 milhões de doses por ano, que também serão exportadas para outros países latino-americanos.
Será criada uma fábrica na região metropolitana da capital Santiago que entrará em operação no primeiro semestre de 2022, produzindo doses a partir de preparações importadas da China, informaram representantes da Sinovac em conjunto com autoridades chilenas.
O projeto, que terá um investimento total de US$ 60 milhões pela Sinovac, prevê também a instalação na região norte de Antofagasta de um centro de inovação e desenvolvimento, cujo funcionamento ainda não está previsto, o que no futuro permitirá que as doses sejam produzidas inteiramente no Chile.
Além da Coronavac, a vacina mais utilizada no Chile e também presente em outros países da região como Brasil, Colômbia, Equador, México e Uruguai, a fábrica vai produzir doses de preparações contra gripe e hepatite.
"Decidimos, primeiro, instalar uma fábrica de envase e embalagem na região metropolitana (onde fica Santiago), esse é o primeiro passo", disse o vice-presidente da Sinovac, Weining Meng, a jornalistas durante cerimônia que também contou com as presenças dos ministros chilenos da Saúde, Enrique Paris; Ciências, Andrés Couve, e Economia, Lucas Palacios.
"Com um enfoque especial no desenvolvimento e pesquisa em vacinas, visitamos Antofagasta e estamos prontos para iniciar o processo de instalação de um centro de I&D naquele local, mas para isso precisaremos de mais tempo, para ter um plano mais detalhado", continuou Weining Meng.
A este respeito, Enrique Paris afirmou que "hoje é um dia muito importante porque o Chile anuncia o retorno à produção nacional de vacinas", algo que começou a fazer em 1867, mas que, lamentou, perdeu há 18 anos.
"Mas não é apenas um dia importante para o Chile, porque uma vez que a fábrica produz vacinas aqui, elas serão exportadas para a América Latina", continuou Paris.
Nesse sentido, o ministro disse que o Chile está disposto a ajudar os países que tiveram dificuldades em adquirir vacinas durante a pandemia e que vão trabalhar para ajudá-los.