Cientistas russos anunciaram nesta semana que uma sonda enviada a um lago primitivo sob o gelo da Antártida pode fazer revelações sobre a evolução do planeta e até mesmo novas formas de vida. Uma equipe russa fez uma perfuração até a superfície do lago Vostok, que, acredita-se, foi coberto por gelo durante milhões de anos, em um avanço anunciado oficialmente pelo Instituto do Ártico e da Antártida.
Cientistas afirmaram que as amostras de água que serão retiradas do lago até o fim deste ano podem revelar novas formas de vida, apesar das condições extremas. "Esperamos encontrar vida lá como nenhuma outra que exista na Terra", explicou Sergei Bulat, um biólogo molecular do Instituto de Física Nuclear de São Petersburgo.
"Se houver vida lá, será uma forma de vida que é desconhecida para a ciência. Nesse caso, estamos falando de uma descoberta fundamental, uma nova página em nossa compreensão científica da vida", acrescentou.
Os sedimentos do lago também revelarão mudanças na Terra e em seu clima nos últimos 20 milhões de anos, afirmou German Leichenkov, do Instituto de Geologia e Recursos Minerais do Oceano em São Petersburgo.
Cápsula usada em resgate de mineiros chilenos é exposta
A cápsula que retirou os 33 mineiros que permaneceram presos durante 69 dias sob a terra no norte do Chile em 2010 está exposta no Museu da Ciência em Londres, na primeira apresentação na Europa deste "símbolo do resgate".
Os mineiros viveram uma saga incrível. Presos no dia 5 de agosto de 2010 a 700 metros de profundidade na mina San José, na região do Atacama, e dados como mortos após 17 dias de silêncio, conseguiram finalmente fazer chegar à superfície um papel que dizia "estamos bem no refúgio os 33". Começou então uma complexa operação para retirá-los, que incluiu a concepção desta sofisticada cápsula, que ganho o nome Fenix (foto), desenhada pela Marinha chilena com a colaboração da Agência Espacial Americana (Nasa).
O resgate, que também exigiu a perfuração de um túnel de mais de 600 metros, começou no início de 13 de outubro e foi concluído 22 horas depois.
Dia em Vênus fica 6,5 minutos mais longo
Os dias em Vênus já não são como antigamente: aparentemente, estão seis minutos e meio mais longos. A constatação é de Nils Müller, pesquisador da DLR (agência espacial alemã) que trabalha com dados da sonda europeia Venus Express.
Em estudo publicado no periódico científico Icarus, ele contrastou as observações de radar feitas pela espaçonave para mapear a superfície venusiana com as coletadas entre 1990 e 1994 pela sonda americana Magellan.
Surpresa: alguns traços na superfície não estavam onde eles imaginavam encontrá-los. A única explicação para isso é que, entre essa época e hoje, o planeta passou a girar mais devagar em torno de seu próprio eixo.