O laudo da necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) de Brasília confirmou a tese de suicídio como causa da morte do general Urano Teixeira da Matta Bacellar, que comandava as tropas da força de paz da ONU no Haiti.
O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Laerte Bessa, confirmou a informação e disse que o disparo foi feito à queima-roupa, dentro da boca. Bessa disse, ainda, que os legistas encontraram indícios de pólvora em uma das mãos do general, o que caracteriza um forte indício de ocorrência de suicídio.
O corpo do general chegou na manhã de terça-feira à Brasília, mas os legistas só puderam iniciar os trabalhos à noite porque o corpo se encontrava congelado. O lado, que confirma 'forte indício de suicídio', é assinado pelo médico legista Eduardo Reis.
O diretor disse que também foram realizados exames de raio X e toxicológico, com retirada de amostras das víceras que serão analisadas. Segundo Bessa, o laudo definitivo, com o resultado do exame toxicológico será divulgado em dez dias. Esse exame vai indicar se houve uso de drogas por parte do general.
O corpo do general foi encontrado, no último sábado, no quarto do hotel onde ele morava em Porto Príncipe. Desde o dia 31 de agosto, Bacellar comandava as tropas da força de paz no Haiti.
A necropsia no Brasil foi autorizada pelas Nações Unidas. Ainda em Porto Príncipe, uma equipe da polícia internacional da ONU realizara investigação que apontava para o suicídio do oficial, que será enterrado nesta tarde no cemitério vertical do Memorial do Carmo, no Caju.
- ONU autoriza Brasil a fazer necropsia em corpo do general Bacellar
- Governo brasileiro escolhe novo comandante para Força de Paz
- Alencar confirma a versão de suicídio de general brasileiro
- José Alencar diz que Brasil continua à frente da missão da ONU
- Tiro que matou general saiu da arma do próprio militar
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião