Os ministros das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, e da Rússia, Sergey Lavrov, criticaram nesta terça-feira (20), em Caracas, a imposição de sanções internacionais contra seus países.
O posicionamento de ambos ocorreu durante uma coletiva de imprensa, onde o chanceler do regime venezuelano afirmou que tanto a Rússia quanto a Venezuela são “dois países vítimas no cenário internacional” do que chamou de “aplicação ilegal, irracional e ilegítima de medidas coercitivas unilaterais”.
“Nenhuma das sanções foi suspensa contra a Venezuela”, disse Gil, mesmo o país estando atualmente livre de várias sanções que haviam sido impostas pelos Estados Unidos, entre elas as relacionadas ao setor de petróleo e gás.
O ministro venezuelano também indicou que, durante uma reunião realizada nesta terça-feira com seu homólogo russo, concordaram em “manter uma postura conjunta em fóruns internacionais frente a situações críticas”, entre elas a “rejeição às ‘medidas coercitivas unilaterais’ impostas a povos soberanos em todo o mundo, que dificultam seu desenvolvimento econômico”.
Por sua vez, Lavrov qualificou como “bárbara” a política de sanções dos EUA e de seus “satélites”, que, segundo ele, representa uma "violação flagrante do direito internacional e da prática de conduzir as relações civilizadas no âmbito comercial e de investimentos".
Essa foi a segunda visita que Lavrov fez na Venezuela em um ano. Ele chegou ao país vindo de Cuba.
O russo está realizando uma série de viagens por países da América Latina e também deverá visitar o Brasil.
Durante sua estadia em Caracas, é esperado que ele assine em nome do governo russo um “Memorando de entendimento de cooperação para contrariar as medidas coercitivas unilaterais”.
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