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Le Pen acusa extrema-esquerda da França de preparar distúrbios em caso de vitória da direita

Le Pen acusa extrema-esquerda da França de preparar distúrbios em caso de vitória da direita
Para Marine Le Pen, a extrema-esquerda francesa deverá realizar protestos violentos em caso de vitória da direita (Foto: EFE/EPA/MOHAMMED BADRA)

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A líder de direita Marine Le Pen acusou a extrema-esquerda francesa de estar preparando manifestações e protestos caso o seu partido, o Reunião Nacional (RN), de direita, ganhe as eleições legislativas francesas, e exigiu que todos, a começar pelo presidente da França, Emmanuel Macron, peçam respeito aos resultados.

“O presidente da República deveria antes de mais nada pedir que a democracia e as eleições sejam respeitadas”, declarou Le Pen nesta quarta-feira (26) em uma entrevista à emissora France 2, em reação a uma carta de Macron, publicada na segunda-feira (24) na imprensa, na qual disse que os programas do RN e do partido de esquerda França Insubmissa levariam o país a uma “guerra civil”.

Le Pen afirmou que, caso a esquerda ganhe as eleições de 30 de junho e 7 de julho, não haverá protestos, mas, se for seu partido, "então provavelmente haverá manifestações nas ruas”.

“Portanto, a responsável [pelos eventuais distúrbios] é a extrema-esquerda", completou.

Todas as pesquisas publicadas desde a convocação das eleições mostram a direita mais nacionalista de Le Pen como a vencedora clara, que, aliada a alguns membros do partido da direita convencional Os Republicanos (LR), e em particular ao seu presidente, Éric Ciotti, poderia alcançar até 36% dos votos no primeiro turno.

Já a nova Frente Popular, que reúne a coligação dos quatro partidos de esquerda e extrema-esquerda, ficaria na segunda posição com pouco menos de 30%, enquanto o bloco de Macron seria relegado para o terceiro lugar, com pouco mais de 20%.

Os serviços secretos franceses antecipam distúrbios assim que forem conhecidos os resultados do primeiro e do segundo turno, como alertou nesta quarta-feira o chefe de polícia de Paris, Laurent Núñez, em uma entrevista à emissora de rádio France Inter. (Com Agência EFE)

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