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Eleições na França

Le Pen lidera corrida presidencial na maioria dos territórios ultramarinos franceses

A candidata Marine Le Pen concorre o segundo turno neste domingo com o atual presidente da França, Emmanuel Macron
A candidata Marine Le Pen concorre o segundo turno neste domingo com o atual presidente da França, Emmanuel Macron. (Foto: EFE/EPA/CAROLINE BLUMBERG)

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A candidata à presidência da França, Marine Le Pen, aparece na frente do atual presidente Emmanuel Macron na maioria dos territórios ultramarinos franceses, que votaram no sábado (23) devido à diferença horária, segundo resultados divulgados pela imprensa belga neste domingo (24).

Em Guadalupe, onde a participação dos eleitores foi de 47,18%, Le Pen obteve 69,6% dos votos contra 30,4% de Macron, enquanto tanto na Martinica (45,45% de participação) quanto na Guiana Francesa, a líder do Reagrupamento Nacional recebeu cerca de 61% dos votos, contra 39% do atual presidente. Além disso, Le Pen obteve 55,52% dos votos em Saint Barthélemy e Saint Martin e 50,69% em Saint Pierre e Miquelon, enquanto na Polinésia Francesa a maioria dos eleitores optaram por Macron, que conseguiu 51,81% dos votos.

Os franceses residentes nesses territórios votam um dia antes dos moradores da metrópole desde 2007, para impedir que  as votações ocorram quando eles já conheçam a escolha da maioria de seus concidadãos, o que pode favorecer a abstenção. A imprensa belga recordou que Macron venceu em 2017 nestes territórios, que no primeiro turno destas eleições presidenciais apoiou majoritariamente o candidato de esquerda que ficou de fora do segundo turno, Jean-Luc Mélenchon.

Por outro lado, o atual presidente, Macron, foi o mais votado entre a grande maioria dos franceses que residem em territórios americanos onde já votaram, como na Argentina (onde Macron recebeu 89% dos votos), Chile (87%), Brasil (86%), Canadá (86%, sem Vancouver) e Estados Unidos (92%, sem Chicago e Nova Orleans).

Candidatos aguardam resultado

Macron votou pouco depois das 13h10 (horário local, 8h10 de Brasília), acompanhado por sua esposa, Brigitte, enquanto sua rival, Marine Le Pen, foi às urnas duas horas antes em seu reduto eleitoral de Hénin Beaumont, pequena cidade perto da fronteira com a Bélgica. Como de costume nos dias de eleições, Macron foi ao seu posto de votação no Palais des Congrès na cidade turística de Le Touquet, na costa norte da França, onde sua esposa tem uma casa, cercado de grande expectativa popular e midiática.

Após almoçar na casa de Brigitte, Macron seguirá para Paris para continuar o resto do dia no Palácio do Eliseu e aguardar o anúncio dos resultados após o fechamento dos últimos centros de votação às 20h (15h de Brasília). O Champ de Mars, aos pés da Torre Eiffel, foi o local escolhido para a celebração, caso sua vitória seja confirmada.

Já Marine Le Pen votou pouco depois das 11h10 (6h10) em Hénin Beaumont, acompanhada do prefeito da cidade, Steeve Briois, que é de seu partido, o Reagrupamento Nacional (RN). Após almoçar com Briois em Hénin Beaumont, Le Pen também seguirá para Paris, primeiro para sua casa e depois para a sede de sua campanha, onde aguardará os resultados. Em caso de vitória, a celebração acontecerá na Place de la Concordia.

Nas últimas pesquisas divulgadas na sexta-feira (22), Macron aparecia com entre 6 e 14 pontos percentuais de intenção de voto a mais que sua adversária. Um dos fatores que podem definir o resultado de hoje é justamente a mobilização do eleitorado do esquerdista Jean-Luc Mélenchon, terceiro colocado no primeiro turno, com 21,95%. Mélenchon não quis pedir votos para Macron, com quem tem profundas divergências políticas, e limitou-se a orientar seus eleitores a não dar um único voto para a Le Pen.

Participação nas eleições cai a 63,23%

Depois de registrar leve aumento no começo do dia, a participação dos eleitores no segundo turno das eleições presidenciais francesas era de 63,23% do total do censo eleitoral às 17h (horário local, 12h de Brasília), duas horas antes do fechamento das primeiras mesas de votação, o que representa quase dois pontos a menos do que no primeiro turno, 15 dias atrás e a mais baixa para essa faixa de horário desde 1969. No segundo turno de 2017, quando aconteceu o primeiro duelo entre Emmanuel Macron e a Marine Le Pen, a participação foi de 65,30% nesse mesmo período do dia de votação.

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