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Manifestante em Caracas mostra cartaz com mapa da Venezuela já com a região do Essequibo (à direita) incorporada
Manifestante em Caracas mostra cartaz com mapa da Venezuela já com a região do Essequibo (à direita) incorporada| Foto: EFE/MIGUEL GUTIERREZ

A Assembleia Nacional (AN) da Venezuela aprovou nesta quarta-feira (6) em primeira discussão um projeto de Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba, como Caracas chama uma área correspondente a 70% do território da vizinha Guiana e cuja anexação a população venezuelana aprovou num contestado referendo realizado no último domingo (3).

Segundo informações do site Efecto Cocuyo, a matéria prevê a criação do estado venezuelano da Guiana Essequiba na região e a adoção de um novo mapa político, já com a área contestada desde o século 19 constando como território da Venezuela. A lei também estabelece eleições futuras para designar autoridades locais e deputados na AN.

O deputado nacional Diosdado Cabello, número 2 do chavismo, apresentou a proposta encaminhada pela ditadura de Nicolás Maduro e pediu celeridade para a segunda votação.

“Eles [Guiana] nos ameaçam com o Comando Sul [dos Estados Unidos]. Para quê? O que tem a ver? Quem está por trás disso? O imperialismo, com suas corporações que destruíram o mundo. Não temos medo de ninguém”, disse.

Enquanto não ocorrerem eleições na Guiana Essequiba, a região será governada por um indicado por Maduro, apontaram os chavistas. Por ora, a sede administrativa do estado será em Tumeremo, cidade venezuelana perto da fronteira com a Guiana.

A lei para criar o novo estado faz parte de uma série de medidas anunciadas por Maduro na terça-feira (5), que incluem também a criação de uma zona de defesa integral na região e ordens para que a petrolífera PDVSA e a metalúrgica Corporação Venezuelana da Guiana, ambas estatais, iniciem operações de exploração e emissão de licenças na área do Essequibo.

A Guiana contesta a agressão chavista e levará a questão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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