Em um duro golpe para o presidente Barack Obama, a Câmara dos Deputados dos EUA votou nesta quinta-feira (1/10) para proibir o governo de transferir suspeitos de terrorismo da prisão militar na Baía de Guantánamo para enfrentar julgamentos em solo norte-americano.

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Caso se torne lei, a medida complicaria ainda mais o plano do governo de desocupar a controversa prisão em janeiro de 2010.

Atualmente, os detentos de Guantánamo só podem ir aos EUA para enfrentar julgamentos sob restrições já impostas pelo Congresso. Os legisladores negaram recursos para fechar as instalações militares.

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O governo Obama espera levar alguns dos 223 detentos aos Estados Unidos para serem julgados em cortes norte-americanas, enquanto outros seriam transferidos para o exterior. Republicanos e muitos democratas temem que acolher os suspeitos possa ameaçar a segurança.

O deputado republicano Hal Rogers, proponente da medida, disse que os detidos não merecem proteção legal norte-americana e deveriam permanecer em Guantánamo para serem julgados. "Eles não são réus criminosos, são prisioneiros de guerra."

A medida, aprovada por 258 x 163, também proibiria o Pentágono de divulgar fotos mostrando os abusos de suspeitos de terrorismo, que deram ensejo a vários escândalos, proposta que tem apoio de Obama e do Senado.

A versão final deve conter algumas restrições à transferência de suspeitos de terrorismo, possivelmente mantendo-os onde estão, disseram assessores do Congresso.

David Obey, deputado democrata que chefia o comitê que supervisiona gastos, disse que a versão final ainda irá honrar as leis processuais dos Estados Unidos.

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