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Cidadania

Lei de imigração é rejeitada por Senado dos EUA

Uma medida polêmica que poderia abrir caminho para que imigrantes ilegais que chegaram aos EUA ainda crianças obtivessem cidadania americana foi rejeitada pelo Senado na sexta-feira (17) por republicanos que disseram que ela premiaria uma atividade ilegal.

A chamada "Dream Act" (lei dos sonhos) garantiria a residência legal de jovens que chegaram aos EUA ilegalmente antes dos 16 anos e que se formaram no ensino médio, completaram dois anos de faculdade ou serviço militar e não tenham antecedentes criminais.

"Eles realmente consideram esse país como a sua casa, esse é o único país que eles conhecem. Tudo que eles querem é uma chance de servir a essa nação", disse o senador democrata Dick Durbin, relator do projeto.

A medida é apoiada pelo presidente Barack Obama e por ativistas hispânicos, que estão decepcionados porque os democratas não conseguiram cumprir a promessa do presidente de promover uma reforma da imigração abrangente.

Com dúzias de jovens estudantes hispânicos assistindo das galerias, a medida foi rejeitada. Apesar de ter recebido a maioria dos votos (55 a 41), a lei precisava atingir um total de 60 votos para avançar no Senado.

Os republicanos disseram que seria mais difícil fazer cumprir as leis de imigração se ela fosse aprovada.

"O povo americano está pedindo ao Congresso que faça valer nossas leis, mas essa lei, no fundo, é uma recompensa à atividade ilegal", disse o senador republicano Jeff Sessions.

O fracasso na aprovação da lei no Senado significa que o projeto expirará com o 111o Congresso. Defensores da lei terão uma difícil batalha para fazer avançar as mudanças a partir do dia 5 de janeiro, quando assume uma nova legislatura em que os republicanos terão mais assentos no Senado e controlarão a Câmara.

Durante a sua campanha presidencial, em 2008, Barack Obama prometeu fazer uma reforma nas leis da imigração, aumentar a segurança nas fronteiras e oferecer meios de garantir status legal aos quase onze milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA. Até agora, a sua administração e o Congresso não conseguiram chegar a um acordo sobre medidas abrangentes.

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