A legislação norte-americana para o clima ficou um pouco mais ambiciosa: a versão proposta no fim da noite de sexta-feira pela presidente do Comitê de Meio Ambiente e Trabalhos Públicos, Barbara Boxer, pede uma redução da emissão de gases-estufa nos Estados Unidos de 20% em 2020 em relação a 2005. O índice da versão da lei aprovada pelo Senado em junho é de 17%. O projeto da senadora democrata, representante da Califórnia, também prevê benefícios para fazendeiros que reduzirem suas emissões e estabelece um teto para preços no mercado de carbono.
O texto de Boxer, assim como o já aprovado pela Câmara, de autoria de dois senadores democratas, Henry Waxman (Califórnia) e Edward Markey (Massachusetts), também favorece o sistema chamado de "cap-and-trade", que limita a emissão de gases-estufa por setor. As empresas que conseguirem ficar abaixo do limite podem comercializar suas "cotas de poluição" para outras.
"É um começo muito promissor, que poderia levar à aprovação final no Senado de um projeto de energia limpa", afirmou Daniel Weiss, diretor de estratégia para o clima do Centro para o Progresso Americano
No entanto, o presidente do Instituto Americano de Petróleo, Jack Gerard, disse que a proposta do Senado é similar à da Câmara, mas mais nociva. "Vai impor custos ainda mais altos à economia e distribuí-los de forma desigual", afirmou. Muitos senadores e funcionários da presidência trabalham para desenhar um projeto de lei que conquiste democratas e republicanos oscilantes, cujos votos são necessários para que a proposta seja finalmente aprovada.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Deixe sua opinião