O governo Barack Obama está aumentando a vigilância sobre as políticas de imigração mais duras e tem advogados revisando a legislação de pelo menos quatro estados para determinar se tomará a decisão, incomum, de desafiá-las na Justiça, como revela reportagem do jornal "Washington Post".
Além do Arizona, onde a batalha já é longa e famosa, o Departamento de Justiça já contesta o Alabama - estado em que um juiz federal permitiu, na quarta-feira, que artigos-chave de leis anti-imigração entrassem em vigor, mas bloqueou outros.
E, agora, advogados do governo estão em conversas em Utah sobre um terceiro processo e consideram questionar legalmente os estados de Geórgia, Indiana e Carolina do Sul.
A Casa Branca às vezes contesta algumas legislações estaduais, mas intervenções federais como as que estão acontecendo agora, dizem especialistas, são raras. Geralmente, em casos como os relacionados a imigração, grupos de defesa dos direitos civis tomam à frente.
"Eu não me lembro na História de o Departamento de Justiça ter desafiado tão agressivamente leis estaduais", explicou ao jornal americano Jonathan Turley, da escola de direito da Universidade George Washington.
A polêmica em torno de leis relativas a imigração ganhou força no ano passado, quando o Arizona aprovou uma legislação que autorizava policiais a checar aleatoriamente nas ruas o status migratório de um cidadão. Um juiz federal bloqueou este e outros artigos mais contraditórios, mas leis similares foram aprovadas nos últimos meses em Alabama, Utah, Geórgia, Indiana e Carolina do Sul. Outros 17 estados consideram medidas do tipo.
O governo federal é agora pressionado a intervir, sobretudo na Carolina do Sul, onde a lei anti-imigração entrará em vigor em 1º de janeiro. Grupos de defesa dos direitos civis fazem lobby junto à Casa Branca - a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) circula na internet um abaixo-assinado com 23 mil nomes. Ao mesmo, estados como Utah pressionam o governo a ficar de fora da questão.
O debate chega num momento em que imigração é mais do que nunca uma questão política, com a ala mais conversadora republicana pressionando por medidas mais severas. Os Estados Unidos, um país de 12 milhões de imigrantes ilegais, realizam eleições presidenciais em 2012.
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