Senadores dos Estados Unidos do Partido Republicano afirmaram que não conseguiram chegar a um acordo para estender o Ato Patriota, lei bastante contestada que foi instituída após os atentados de 11 de setembro de 2001. A lei estabelece normas antiterroristas, incluindo o direito de registrar as ligações telefônicas dos cidadãos do país. A lei expira à meia-noite.
O Senador John Cornyn, do Texas, afirmou que o programa vai “às escuras” pois há objeções no Senado vindo principalmente do Senador Republicando, Rand Paul, do estado de Kentucky, que é candidato à presidência dos EUA.
“Eu forçarei a expiração do programa ilegal de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês)”, disse Rand Paul em um comunicado no sábado, 30. “Às vezes, quando o problema já é grande o bastante, você precisa recomeçar do zero”, comentou.
Oficiais da Inteligência alertaram que o resultado da falta de ação do Senado significará uma vitória para os terroristas. “Os terroristas estão procurando uma brecha para operar a partir de dentro” disse John Brennan, diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana (CIA). “Não nós podemos nos dar ao luxo de fazer isso”, comentou o diretor, que também lamentou “a arrogância política e a cruzada ideológica que distorceram o debate sobre o tema”.
Mais duas normas menos conhecidas do Ato Patriota vão cair: uma delas, até hoje não usada, ajuda a rastrear “lobos solitários”, suspeitos de terrorismo que agem sozinhos; a outra permite que o governo conduza grampeamentos e escutas para espionar suspeitos que trocam com frequência de número de celular. Fonte: Associated Press
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