A cidade de Nova Iorque fará um tributo nesta sexta-feira (11) às vítimas dos ataques de 11 de setembro no Marco Zero da cidade, onde os trabalhos para a substituição do World Trade Center e até mesmo os do memorial estão atrasados.
No oitavo aniversário dos ataques de 11 de setembro de 2001, realizados por militantes da Al-Qaeda com aviões sequestrados, as pessoas irão lembrar as 2.752 pessoas que morreram na destruição das Torres Gêmeas em Manhattan.
Também serão lembrados os que morreram nos ataques, horas mais tarde, contra o Pentágono, em Washington, e um quarto avião que caiu na Pensilvânia depois que os passageiros dominaram os sequestradores.
O prefeito Michael Bloomberg e outros funcionários participarão do ritual anual no Marco Zero, quando o nome de todos os mortos é lido e minutos de silêncio marcam eventos importantes, como o horário do impacto dos dois aviões contra os prédios e seus desmoronamentos.
Ao anoitecer, luzes poderão ser vistas no céu a partir do local das torres.
Apesar do desejo de relembrar a tragédia apropriadamente, questões financeiras e legais têm atrasado os trabalhos de substituição das enormes Torres Gêmeas.
A crise financeira mundial e os problemas no mercado imobiliário tornaram a renovação das áreas próximas menos prováveis, o que aumenta a frustração. "Tornou-se claro que os nova-iorquinos devem estar constrangidos com o fracasso do governo de reconstruir o Marco Zero", disse Barry LePatner, advogado do setor de construção.
Em tese, cinco novos arranha-céus estão planejados para serem construídos no local, com um parque e um memorial no meio. Mas, atualmente, muitos acham que não existe mercado para todas as cinco torres.
Por enquanto, o local é um grande buraco, embora os trabalhos nas fundações de várias estruturas esteja sendo feito e a moldura da futura Torre da Liberdade esteja sendo erguida.
Uma pesquisa feita na semana passada pela Universidade Quinnipiac mostrou que dois terços dos nova-iorquinos acham que nem mesmo o memorial estará pronto para o 10º aniversário dos atentados, em 2011.
"Eles não esperam que qualquer parte do Marco Zero esteja pronta para o 10º aniversário", disse Maurice Carroll, diretor de instituto de pesquisas da universidade.
"Estamos ficando irritados com a contínua falta de progresso no Marco Zero. E achamos que é importante que haja sinais de movimento neste ano", acrescentou Carroll.
De acordo com a pesquisa, 25% dos entrevistados disseram que a lentidão os deixa "envergonhados", o maior porcentual de pessoas a fazer essa afirmação desde que a pesquisa foi realizada pela primeira vez, em 2006.
Os voluntários estarão no centro das cerimônias que lembram o 11 de setembro em Nova Iorque. Mais de cem voluntários que trabalharam no local após a queda das Torres Gêmeas em 2001 vão ler os nomes das vítimas na cerimônia de sexta-feira perto do Marco Zero. A presença do presidente Joe Biden é esperada.
Em Washington, o presidente Barack Obama vai reunir-se com familiares de dezenas de pessoas que morreram no ataque ao Pentágono.
O ex-secretário de Estado Colin Powell fará um discurso na cerimônia na Pensilvânia, onde um dos quatro aviões sequestrados caiu.
Pela primeira vez, o 11 de setembro é declarado dia nacional de serviço. Os norte-americanos devem limpar praias, fazer pacotes para soldados e levantar fundos para instituições. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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