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O opositor ao regime de Maduro Leopoldo López cobra coerência de Lula sobre a democracia na Venezuela
O opositor ao regime de Maduro Leopoldo López cobra coerência de Lula sobre a democracia na Venezuela| Foto: EFE/ Lenin Nolly

Um dos opositores mais influentes do regime de Nicolás Maduro, de quem foi preso político por seis anos, Leopoldo López (partido Voluntad Popular) declarou que Lula deve ser coerente com a democracia, reconhecendo a derrota do chavismo nas eleições de 28 de julho. Em entrevista ao jornal O Globo publicada neste sábado (10), López, que está exilado na Espanha, disse que a única negociação possível entre chavistas e oposição é “uma mudança de governo, ou seja, a saída de Maduro”.

“Veja, o que nós esperamos é que Lula seja coerente com o que ele mesmo declarou dias antes da eleição, quando Maduro ameaçou com um banho de sangue e uma guerra civil [caso fosse derrotado]. Ele se disse assustado com essas declarações. Imagino que agora esteja sentindo ainda mais medo porque já não se trata de ameaças, mas da realidade. São mais de 2 mil presos, torturados, desaparecidos e mais de 20 mortos nos últimos dias”, disse. 

Ressaltando a vontade popular “clara, contundente, massiva, legítima e constitucional” que resultou na vitória “maciça” de Edmundo González Urrutia, com os votos de “70% dos venezuelanos”, López disse que “o que nós esperamos do Brasil e de Lula é que sejam coerentes com a posição exercida de que a vontade popular seja respeitada”.

Para o opositor, o prazo limite para a transição política na Venezuela é 10 de janeiro de 2025, data prevista pela Constituição do país para a posse do presidente eleito. "A eleição do dia 28 foi o que foi. Isso não pode ser distorcido, escondido, esquecido. Não se pode iniciar qualquer discussão, transição ou negociação que não parta deste fato contundente, a verdade", afirma.

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