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“A Itália está morrendo devido à austeridade”, disse Letta | Alessandro Bianchi/Reuters
“A Itália está morrendo devido à austeridade”, disse Letta| Foto: Alessandro Bianchi/Reuters

O novo primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, líder de uma coalizão de direita-esquerda nunca vista antes no país, conquistou ontem um voto de confiança da Câmara ao seu governo. A expectativa é de que o Senado faça o mesmo em votação que ocorre hoje.

Letta, ex-deputado de centro-esquerda, foi formalmente empossado no domingo como primeiro-ministro da Itália, após alcançar um acordo com o partido Povo da Liberdade, de Silvio Berlusconi, e o grupo Escolha Cívica de centristas, do ex-primeiro-ministro Mario Monti. O acordo deu fim aos mais de dois meses de impasse político na Itália após as eleições inconclusivas de fevereiro.

Letta havia pedido um voto de confiança do Parlamento propondo implantar medidas de crescimento para reverter a política de austeridade de seu sucessor, cortar salários de ministros e obter resultados em 18 meses, sugerindo que poderá deixar o cargo ao final do período caso não seja bem-sucedido.

Crescimento

"A Itália está morrendo devido à austeridade. As políticas de crescimento não podem esperar", afirmou o premiê em seu primeiro discurso no Parlamento.

Ao discursar antes da votação da moção de confiança na Câmara baixa, Letta disse que o país não pode apenas se concentrar no corte do déficit público e que precisa tirar a economia da recessão. O político, que teve o nome indicado após semanas de impasse político, conta com o apoio do Partido Democrata, sua própria legenda de centro-esquerda; do Povo da Liberdade, do ex-premier Silvio Berlusconi, de centro-direita; e dos centristas liderados por seu antecessor, Mário Monti. Amanhã, será a vez da votação no Senado.

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