O governo italiano liderado pelo primeiro-ministro, Enrico Letta, manteve seu mandato ontem, após a decisão do ex-premiê Silvio Berlusconi, líder do Partido do Povo da Liberdade (PDL), de confirmar apoio ao governo.
Ontem pela manhã, o governo enfrentou o voto do Senado sobre uma moção de confiança, solicitada por membros do Partido Democrático (PD), bancada de Letta, após a crise de governo desencadeada por Berlusconi. No começo da noite, a Câmara dos Deputados aprovou a moção de confiança ao governo.
No último dia 30 de setembro, o líder do PDL ordenou a saída dos cinco ministros de seu partido do gabinete e retirou o apoio ao governo. Em seguida, a grande maioria de parlamentares do PDL assinou uma carta de renúncia coletiva aos seus mandatos, o que exigiria novas eleições gerais na Itália.
Em um discurso anterior à votação no Senado, Letta alertou que "a Itália corre um risco que poderia ser fatal". "Desvendar esse risco depende de nós, das escolhas que faremos, depende de um sim ou de um não", afirmou o chefe de governo, pedindo o voto de confiança.
O primeiro-ministro italiano disse que "o governo nasceu no Parlamento e, se deverá morrer, deverá fazê-lo no Parlamento".
Berlusconi surpreendeu ao entrar no Senado e declarar que seu partido continuará apoiando o governo Letta, votando a favor da moção de confiança.