Jerusalém A chegada ao Líbano da Força Interina das Nações Unidas (Finul) ocorrerá "dentro de uma semana, aproximadamente", afirmou ontem o secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, durante conversa por telefone com o primeiro-ministro israelense, Eshud Olmert. A informação foi divulgada através de um comunicado do chefe de governo de Israel. Ontem, oficiais da França já faziam fileiras em Beirute.
O Líbano espera 13 mil militares, que vão trabalhar junto com os 2 mil soldados das Nações Unidas que já estão no país e apoiar os 15 mil soldados libaneses já enviado à zona de conflito, perto da fronteira com Israel.
Vencida essa etapa de mobilização, o cessar-fogo que entrou em vigor duas semanas atrás ainda depende de negociações. O Hezbollah disse que a Itália tenta intermediar negociações sobre a libertação de prisioneiros israelenses e do Hezbollah, entre eles os dois soldados israelenses cujo seqüestro na fronteira deram início à mais recente guerra no Líbano.
O Líbano espera começar a receber nos próximos dias a ajuda internacional para a reconstrução das áreas atingidas pela ofensiva israelense. Os Estados Unidos ofereceram US$ 230 milhões, apesar de serem o principal aliado de Israel.
O dinheiro norte-americano, porém, só seria transferido às autoridades libanesas se elas atendessem a condições, como explicou ontem em Jerusalém Tom Lantos, deputado democrata da comissão de Relações Exteriores do Congresso. A liberação da verba, segundo ele, só virá se o Líbano concordar com o envio de tropas internacionais à sua fronteira com a Síria. Ele disse que o dinheiro está bloqueado por enquanto. "Meu desejo é poder suspender este bloqueio, quando não houver mais razões para isso."
Desde o fim da guerra, Israel tem exigido que tropas das Nações Unidas sejam posicionadas na fronteira do Líbano com a Síria, para impedir o envio de armas ao Hezbollah. Mas a Síria diz que tal medida seria hostil e ameaça fechar suas fronteiras. Tal medida isolaria o Líbano do resto do mundo, já que sua única outra fronteira terrestre é com Israel e o país continua sob bloqueio aéreo e naval israelense.
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