Autoridades libanesas detiveram a esposa e um suposto filho do líder do grupo Estado Islâmico. Segundo dois funcionários do governo libanês, a mulher e a criança foram detidas há cerca de dez dias, com documentos falsos. O governo do Líbano acredita que a mulher é uma das esposas de Abu Bakr al-Baghdadi, o recluso líder do Estado Islâmido. Segundo os oficiais militares, a mulher é cidadã síria.
O anúncio foi feito em meio a tentativas de um acordo para a troca de prisioneiros entre autoridades libanesas, o Estado Islâmico e a Frente Nusra, braço da Al-Qaeda, que mantém mais de 20 soldados e policiais libaneses como reféns desde agosto. Os grupos exigem a libertação de prisioneiros islamitas. A prisão da esposa do líder do Estado Islâmico pode ser usada como moeda de troca pelas autoridades libanesas na tentativa de conseguir a libertação dos soldados.
ONU suspende alimentação a refugiados sírios
Refugiados sírios no Líbano entraram em pânico ontem com a notícia de que a Organização das Nações Unidas (ONU) suspenderam o fornecimento do vale alimentação devido à falta de recursos. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU beneficia 1,7 milhão de refugiados em outros cinco países: Jordânia, Líbano, Turquia, Iraque e Egito. O PMA afirmou que precisa de 64 milhões de dólares.
A mudança prejudica as famílias mais vulneráveis, informou a agência da ONU, pois a região se aproxima do inverno. A situação é ainda pior no Líbano, onde estão 1,1 milhão de refugiados, o equivalente a um quarto da população do país.
"Se a ONU deixar de nos ajudar, não sei o que vai acontecer comigo", disse uma refugiada à Associated Press, que pediu para ser identificada pelo primeiro nome, Aisha. Outros refugiados em um assentamento localizado ao leste do Líbano não tinham conhecimento da decisão.
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