Repercussão
Palestinos derrubam pedaço do muro construído por Israel
AFP
Jerusalém - Um grupo de palestinos derrubou ontem um pedaço do muro de separação erguido por Israel na Cisjordânia. Algumas dezenas de palestinos, ajudados por ativistas estrangeiros pró-Palestina, se reuniram para fazer uma analogia do que chamam de "muro do apartheid" com a barreira que dividia Berlim. O exército israelense interveio imediatamente e dispersou os manifestantes, que responderam jogando pedras. Dois palestinos foram detidos. A barreira de segurança terá, quando concluída, extensão de 709 quilômetros, dos quais 85% estarão na Cisjordânia, segundo a ONU.
Berlim - Em uma cerimônia com a presença de líderes dos 27 países membros da União Europeia, da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, e milhares de pessoas no Portão de Brandemburgo, as celebrações dos 20 anos da queda do Muro de Berlim foram encerradas com discursos que louvaram o momento histórico, a liberdade e com a derrubada de uma fila de dominós gigantes simbolizando a queda do muro e dos regimes comunistas do Leste Europeu.
"O dia de hoje marca um momento de verdadeira alegria da história da Alemanha e da Europa", discursou a chanceler alemã Angela Merkel.
Merkel falou após os discursos de líderes que representavam as quatro potências aliadas que derrotaram o país na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Falaram o premier britânico, Gordon Brown, o presidente francês, Nicolas Sarkozy e o presidente russo, Dmitri Medvedev, além de Hillary, que lembrou o papel do povo de Berlim e do Papa João Paulo II na queda do Muro.
O presidente norte-americano, Barack Obama, falou em uma mensagem surpresa, louvando os eventos de 20 anos atrás, mas lembrando que muitas pessoas no mundo ainda vivem sem liberdade.
Medvedev sublinhou o papel da União Soviética para derrubar o Muro de Berlim e sugeriu que mais ações precisam ser realizadas contra as linhas de divisão da Europa. Ele disse que o muro estava destinado a cair, mas que o papel da União Soviética, que mantinha a Alemanha oriental sob seu controle indireto, foi decisivo.
Depois dos discursos, a primeira fileira de peças do dominó gigante, cada uma com 2,5 metros de altura, foi derrubada, sob aplausos da multidão. O ex-líder do sindicato polonês Solidariedade e depois presidente da Polônia Lech Walesa empurrou a primeira peça, dando início à queda.
As peças foram pintadas por inúmeros artistas e estudantes para lembrar a queda da Cortina de Ferro e o fim da divisão de Berlim, da Alemanha e da Europa.